sábado, 7 de maio de 2011

Fomos assistir a animação Rio e…





                         rio
   Sai do cinema sem saber o que dizer a respeito do filme, então perguntei aos meninos se eles haviam gostado e eles responderam que sim, mas sem muita empolgação. Insisti em saber qual parte eles haviam gostado mais e o Vítor gostou de quando o Blu andou de skate e o Pedro de quando ele voou.
   Eu… Achei lindo, paisagens incriveis, personagens carismáticos, uma história com muito potencial mas tinha alguma coisa que me deixou com um “Q” de tem alguma coisinha que não sei…
06_MHB_rio_filme   O fato é que eu esperava um Rio maravilhoso de cenário e um roteiro que mostrasse o quanto é importante presevar a natureza e as as consequencias maléficas de exintinção das espécies através de um filme mágico como foi “A Era do Gelo”.
   Me senti um ET por ver defeito num filme tão lindo e resolvi ler o que havia saido na critica a respeito da animação. Entre muitos elogios encontrei uma opinião da qual compartilho. No blog Omelete o critico Marcelo Forlani conseguiu de alguma forma expessar um pouco do que senti a respeito do filme. Segue a critica feita por Marcelo a respeito do filme Rio:



j-lo-e-jeremy-renner-em-a-era-   “Quando um brasileiro está fazendo sucesso no exterior, é normal que nós, conterrâneos, fiquemos felizes. É um patriotismo que costuma funcionar só com o vento a favor, mas é o que temos. Além do futebol e da música, o cinema começou a integrar esse "Brazil for Export" com Walter Salles, Fernando Meirelles e Carlos Saldanha. O último, ganhou fama em um terreno ainda mais restrito, o das animações, quando dirigiu a trilogia A Era do Gelo.
   Saldanha estreia agora uma nova fauna de personagens em Rio, animação que mais uma vez dirige para o estúdioBlue Sky. O protagonista é Blu (voz original de Jesse Eisenberg), uma ararinha azul macho capturada no Rio de Janeiro que vai direto do seu ninho para o frio de Minnesota, onde é adotada por Linda (Leslie Mann). A vida dos dois é autocentrada, com um tomando conta do outro para tudo, sem deixar espaços para a moça se envolver com outro ser humano, nem para a pequena ave sequer aprender a voar.
   Até a chegada de Tulio (Rodrigo Santoro), um estudioso amante das aves que viajou até os Estados Unidos atrás da última ararinha azul macho que se tem conhecimento. Sua missão é levar a ave de volta para o Brasil, para se acasalar com a fêmea Jade (Anne Hathaway) e assim perpetuar a espécie. O plano parece simples, mas uma história de aves raras (e caras) em um país corrupto como o nosso não pode acabar assim fácil, e em pouco tempo as duas últimas ararinhas azuis estão presas em uma gaiola numa favela, esperando o momento de serem contrabandeadas.
   Mais aventuresco e dramático do que cômico, o enredo vai mostrando como Blu e Jade escapam das garras dos bandidos, se livram das algemas que as mantêm juntas, fazem amizades com animais locais e visitam os cartões postais do Rio de Janeiro, do Cristo Redentor à Copacabana, todos lindamente retratados. Existe também a história do amadurecimento de Blu, a redenção do menino que levou as aves até os contrabandistas e a aventura de Linda e Tulio pela favela e pelo Sambódromo, tudo feito de maneira bem divertida e leve, mas, infelizmente, leviana.
   Em se tratando de um filme para a família e feito no Brasil, tudo logicamente acaba em samba, mas o desenrolar todo serve para alimentar ainda mais todos os estereótipos que os estrangeiros têm do nosso país. Sendo o diretor um brasileiro era esperado (pelo menos por mim), uma visão menos caricata, que ao menos não tivesse seguranças fortões escondendo roupinhas brilhantes por baixo do uniforme, só esperando o momento de "cair no samba".
   É óbvio que somos conhecidos lá fora pelo trinômio futebol-samba-bunda por méritos (ou deméritos) próprios, que vão desde os resultados nas Copas do Mundo e o crescimento do turismo na época do Carnaval, ao caso de prostitutas envolvidas em grandes escândalos (né, Berlusconi?), mas será que isso é realmente tudo o que temos para oferecer?
   Carmen Miranda (nascida em Portugal, mas "vendida" lá fora como a cara e a voz do Brasil nos anos 40 e 50), depois de sua primeira temporada nos Estados Unidos voltou ao Brasil e foi bastante criticada pela imprensa, que a acusou de ter perdido sua "brasilianidade". Saiu daí o lindo samba "Disseram que Voltei Americanizada", de Luiz Peixoto e Vicente Paiva, que refutava tal crítica. Impecável o trabalho que Saldanha vem desenvolvendo em Hollywood, mas talvez seja hora de passar um tempinho extra aqui no Brasil antes de seu próximo projeto.”
 
Site omelete

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